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Estudantes, professores, servidores e trabalhadores terceirizados que gostam de curtas nacionais poderão conferir nesta quinta-feira, 23,  três filmes indígenas:  “Semente da Terra” de Yvy Reñoi , “NHENDESY”, de Graciela Guarani, e “KBELA”, de Yasmin Thayná. As sessões serão realizadas ao meio dia, no auditório Marçal de Souza Tupã Y – Corredor Central da Cidade Universitária. A entrada é gratuita.

A ação faz parte do projeto de extensão Curta no Almoço, do curso de Audiovisual da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc). O objetivo é levar ao público, curtas nacionais reconhecidos e premiados. “O nosso maior objetivo é colaborar na criação de um ambiente institucional e de trabalho mais agradável, principalmente para aqueles que permanecem na UFMS na hora do almoço, assim terão aonde ir nas terças e quintas-feiras”, explica o coordenador do curso de Audiovisual, Júlio Bezerra.

 As sessões  são realizadas todas terças e quintas-feiras sempre  ao meio dia. No dia 28, serão exibidos os curtas “Caminhos”, de Maria Angélica Chiang, Daniela Jorge Jão, Everson Tavares e Vitor Zan (Dourados); e o filme nacional de Tinya de Lia Letícia: “Minha Primeira Viagem ao Velho Mundo”, e “Minha Fantasia Aventureira Pós-Colonial”.  Já no dia 30, “A Margem É o Centro”, de Thauanny Maira, “Diga isso aos que dizem que fomos derrotados”, de Pedro Maia de Brito serão exibidos ao público.

Os curtas

O curta Yvy Reñoi, Semente da Terra da Associação Cultural de Realizadores Indígenas (Ascuri), retrata a tensão entre indígenas e fazendeiros em Mato Grosso do Sul. Em uma terra localizada a 279 quilômetros de Campo Grande – MS, fazendeiros da região formaram uma milícia armada e atacaram as retomadas Kaiowá e Guarani de Tei’ykue. O resultado foi a morte do agente de saúde Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, uma criança atingida na barriga com munição letal e vários professores feridos com bala de borracha.

Já o filme  KBELA de Yasmin Thayná, conta histórias de transição capilar ou mesmo da resistência e luta de mulheres pelo direito de terem sua beleza natural, sem intervenção da indústria e da opinião da sociedade; e finalizando a sessão de quinta-feira, NHENDESY, de Graciela Guarani é uma narrativa poética e íntima de um pensamento feminino originário sobre a mãe terra.

Texto: Lúcia Santos