O Festival Mais Cultura terá, na faixa das 20h, atrações voltadas para a música antiga, e no dia 18 será realizada uma palestra do repertório para instrumentos de cordas dedilhadas do século 18.

Um dos responsáveis pela palestra é o músico Alexandre Ribeiro de Oliveira. Segundo ele, o objetivo é mostrar como os instrumentos com cordas dedilhadas tiveram um papel muito importante desde o século 16 e são uma das peças fundamentais na constituição da música tonal como conhecemos hoje. “A parte que ministrarei será focada na teorba, instrumento que surgiu em fins do 16, teve seu auge no 17 e declínio no 18, voltando à cena no século passado. É um instrumento grave da família dos alaúdes e mostrarei minha transcrição para ele de duas sarabandas das Cello Suites de J.S. Bach (1720), evidenciando dois dos principais recursos idiomáticos da teorba, a Campanella e os baixos”, explica.

Para o músico, a divulgação do repertório permite que a população tenha acesso a estes instrumentos que foram tão importantes na construção dos instrumentos conhecidos hoje em dia e contribui para o surgimento de novos representantes das dedilhadas antigas.

Além de Alexandre, o evento também terá a participação do músico Gustavo Penha. A palestra contará com um pouco das histórias de Alexandre como solista e acompanhante, mostrará alguns trechos de peças originais e transcritas, especialmente suas transcrições de Bach. “Espero poder trocar ideias com um grande representante da teorba ai no Mato Grosso do Sul, o professor Gustavo Penha – começamos estudar teorba juntos – e também contribuir com a difusão do instrumento e seu repertório”.

Ao final, haverá um espaço para perguntas e respostas. O acesso da palestra será através do link meet.google.com/tco-zxid-yop.

O Festival

De 16 a 25 de novembro será realizada a sexta edição do Festival Mais Cultura, evento anual que reúne apresentações culturais e artísticas, além de palestras e minicursos. Acompanhe o Portal UFMS e as redes sociais institucionais para se informar sobre a programação e participe!

Texto: João Barbosa Marques (estagiário da Agecom)