Mostra de cinemas indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
A mostra de cinemas indígenas dá destaque a filmes curtos recentes produzidos pelas populações autóctones do território brasileiro. Vinculado ao evento Semana Mais Cultura e ao Festival universitário de cinema Desver, o projeto visa promover reversões epistemológicas a partir de saberes, temáticas e estéticas relativas aos povos indígenas de Mato Grosso do Sul e do Brasil. A Mostra tem, portanto, viés eminentemente decolonial.
O projeto visa a dar continuidade ao Desver – Festival de Cinema Universitário de Mato Grosso do Sul, firmando o evento no calendário cultural de Campo Grande. Tal como visto em 2019 e 2020, o festival é uma inciativa importante não apenas para a comunidade cinéfila de Campo Grande, revelando-se fundamental para a formação dos alunos do curso de Audiovisual da UFMS. Participar da organização de um festival de cinema envolve práticas de curadoria artística, de produção e divulgação de eventos, sendo assim um aprendizado inestimável para os alunos em seu desenvolvimento como atores culturais.
Além disso, o festival prevê a realização de oficinas ministrados por convidados de fora do estado (em geral, cineastas ou pesquisadores experientes), contribuindo diretamente na formação dos estudantes de Audiovisual da UFMS. Nesse sentido, uma vez que este curso já constitui um foro de pensamento e discussão sobe cinema em Campo Grande, a UFMS apoiar este projeto significa reafirmar o papel da universidade no desenvolvimento da cultura cinematográfica da cidade.
A proposta de realização do Festival de Cinema Universitário vai ao encontro de demandas mercadológicas e acadêmicas não só regionais como também nacionais. Do ponto de vista mercadológico, sobretudo pelo avanço tecnológico que abre espaço para novas janelas de distribuição e circulação de conteúdo, assim como grande necessidade e potencialidade de produção com vistas a alimentar tais janelas. A ampliação da produção de conteúdo audiovisual no Brasil já era anunciada pelo processo de digitalização da TV aberta, mas se tornou mais evidente pelas múltiplas possibilidades advindas com a Internet.
Para isso, a proposta reúne em sua equipe pesquisadores de Artes, Letras, Literatura, Jornalismo, Comunicação Visual, além de Cinema e Audiovisual, com experiência acadêmica e profissional na área, que possuem redes de colaboração de Norte a Sul do Brasil e articularão os convites e divulgações para o Festival. Esse grupo de pesquisadores será responsável pela curadoria inicial dos filmes para a Mostra, assim como comporão parte do Júri que elegerá os melhores filmes da 3a Edição do Festival.
Coordenador:
Vitor Tomaz Zan
Bolsista:
Thaísa Mayumi Hotta Colman