O Teatro Glauce Rocha é palco de grandes apresentações culturais e artísticas para o Estado de Mato Grosso do Sul. Na época, ainda como parte da Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), foi inaugurado em 1971 e nomeado a partir de uma homenagem póstuma à atriz campo-grandense, Glauce Rocha, que faleceu no mesmo ano.
Inicialmente, conhecido como Teatro Popular Universitário, a primeira área escolhida para sua construção foi na extremidade do corredor que ligava o antigo Centro de Ciências Sociais (CCHS) e o Centro Tecnológico. Entretanto, o espaço não suportava a estrutura planejada junto com um estacionamento nas devidas proporções. Foi, então, que o arquiteto Armênio Arakelian assumiu o projeto, reformulando-o adequadamente no espaço atual de 2,1 mil metros quadrados. O intuito era construir um teatro com 821 lugares, palco elevado, camarins, casa de projeção, salas de recepção e um amplo hall na entrada.
Depois da inauguração, além das cerimônias de colação de grau dos acadêmicos da Universidade e das escolas na cidade, e espetáculos culturais, a casa foi sede para diversos eventos importantes, como a 26ª Reunião Plenária do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e a 1ª Orquestra Sinfônica de Campo Grande.
Funcionou até 1986, quando foi fechado para reformas. Na época, além dos reparos foram feitas algumas reformas, como a expansão do palco e a retirada do apoio para as orquestras. Por falta de recursos, o prazo para as obras se estendeu até 1993, ano de sua reinauguração.
Centenas de peças e espetáculos abrilhantaram o teatro. Subiram ao palco grandes personalidades como Milton Gonçalves, Dercy Gonçalves, Paulo Autran, Joana Fomm, Chico Anysio e Marília Pêra. Todos os cartazes das apresentações estão expostos na sala de apoio, como uma coleção de memórias do local.
Em fevereiro deste ano, por meio do planejamento de melhorias e complementações na segurança e para o conforto ao usuário, o “Glauce Rocha” teve suas atividades suspensas para reformas e readequações ao Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA). Mas, atualmente, já está em funcionamento, e segue como um espaço de referência no cenário cultural do Estado.
Texto: Geovanna Yokoyama – com informações de arquivo