Oficina de Chamamé reúne apreciadores do estilo musical na Cidade Universitária

Postado por: Claudio Gabriel da Silva da Conceição

Um ritmo folclórico nascido na Argentina. Uma dança compartilhada por gerações. O Chamamé foi adotado pela cultura de vários países ao longo dos anos. No Brasil, é popular no Rio Grande do Sul  e no Mato Grosso do Sul. Por aqui, ele faz parte da identidade cultural do estado, tanto que foi declarado patrimônio cultural imaterial, e tem até uma data comemorativa: 19 setembro.

E para reunir os apreciadores do estilo musical, entre os dias 13 e 15 de abril, a Cidade Universitária recebe, pelo segundo ano consecutivo, a Oficina de Chamamé para um Novo Mundo, ministrada pelo professor de danças folclóricas argentinas, Juan Carlos Godoy.

O evento é gratuito e aberto à comunidade interna e também para o público em geral. Os interessados podem se inscrever no neste endereço eletrônico, até o dia 13 de abril. As vagas são limitadas.

Nos dois primeiros dias, as oficinas ocorrem no período noturno, das 18h às 19h30, e no dia 15, de 9h30 às 11h30, no Anexo 1 da Academia Escola. O secretário de Projetos e Eventos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte, Eduardo Escrivano, explica que os participantes terão a oportunidade de viver uma imersão no Chamamé.

“Um evento como este abre espaço de intercâmbio cultural para os estudantes da UFMS e para a comunidade externa, pois propõe uma imersão artística em um ritmo bastante conhecido no Mato Grosso do Sul”.

Eduardo reforça que, desde 2006, a Universidade possui um projeto de extensão em Dança de Salão, coordenado pelo professor Marcelo Victor Rosa, e que a oficina pode ser uma boa chance para que aqueles que praticam a dança de salão possam ampliar seu repertório.

O presidente do Instituto Cultural Chamamé MS, Orivaldo Mengual, afirma que o ritmo é uma representação secular de identidade cultural e social. “Essa continuação no tempo, chegou-nos até hoje, como uma preciosa herança cultural. Do evento, o público pode esperar conhecer, em detalhes, as técnicas de dança do Chamamé correntino, com um expert vindo da província argentina de Corrientes”.

“É fundamental, ainda, reforçarmos a importância do investimento universitário na difusão das artes e da cultura, reconhecendo o acesso a estas como direito inegociável. Essa é mais uma iniciativa visando valer esse direito, possibilitando o contato com as mais variadas linguagens cênicas e das artes de modo geral”, justifica Eduardo.

Patrimônio cultural da humanidade

Declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 2020, o Chamamé é um estilo musical que nasceu na Argentina, mas que carrega influências Guarani e afro-americana.

Em 2022, Campo Grande foi declarada a Capital Nacional do Chamamé, depois da sanção presidencial do Projeto de Lei nº 4.528/2019. Tradicionalmente, o ritmo carrega dois violões e um bandoneón (instrumento comumente usado no tango), que pode ser substituído pelo acordeão, além de uma dança típica, assim como a que será apresentada e vivenciada durante as oficinas.

Texto: Agatha Espírito Santo